23/06/2009

FRASES SOLTAS

HENRIQUE TORRINHA DISSE AO JORNAL O JOGO


"Trata-se de um problema geracional que demorará anos a resolver de forma definitiva. Os portugueses não têm disposição para, por exemplo, treinarem sozinhos num ginásio, investindo neles próprios.

No desporto é igual e talvez por isso seja também tão complicado conciliar os interesses de quem gere a educação e de quem gere o desporto."

"enquanto vamos tentando alterar isto, vamos fazendo um jogo de conciliação, analisando caso a caso, obtendo a compreensão de pais, professores, atletas e pedindo-lhes alguns sacrifícios",

"não se muda tudo de um dia para o outro, mas os mais novos já pensarão de outra forma"

Mais uma vez sentimos que existe uma tentativa de sacudir as responsabilidades para o lado.

Existem muitos problemas em Portugal.

O desporto ainda não é encarado com a seriedade que devia.

Em Portugal ainda não existe uma verdadeira politica desportiva global, com capacidade para potenciar as modalidades amadoras. Andamos sempre um pouco à deriva dos resultados que sucedem nos jogos olímpicos, ou de um ou outro feito de maior destaque internacional.

Quando assim é as politicas de formação funcionam sempre aos solavancos.

Defendemos veemente que só conseguiremos dar um salto quando existir uma melhor ligação escola/clube e vice versa. OU então quando existirem locais de alto rendimento das mais variadas modalidades.

O andebol e mais concretamente a sua federação desde 2003 tem vindo a hipotecar os resultados desportivos internacionais, muito devido a uma politica “coxa”.

  • As competições nacionais mudam quase por completo de 2 em 2 anos.
  • Privilegiam-se poucos clubes em vez de se ouvir a maioria.
  • Poucos incentivos são dados aos clubes
  • Pouco investimento é feito pelas associações distritais para dinamizar o andebol
  • O investimento feito pela FAP na formação dos atletas das diversas selecções ainda não é o adequado.

Os clubes são considerados a parte mais fraca do processo, mas são na realidade eles que trabalham diariamente o andebol nacional.

Quando se fala que é necessário potenciar alguns atletas de elevada qualidade, porque não a FAP alocar uma verba especifica nesse sentido. OU seja agora refere-se que eles não trabalham a parte física convenientemente.

Porque não se dá uma verba aos clubes que tem atletas na selecção para que estes frequentem um ginásio com condições para poderem assim evoluir gradualmente? Sabemos que muitos clubes nem pavilhão tem, quando mais um ginásio, por isso esta seria uma medida que certamente nem seria cara tendo em conta o beneficio que poderia ter.

O custo que se tem com um estágio no Brasil no final de época, poder-se-ia canalizar a verba utilizada para por exemplo essa acção de apoio à musculação, dado que potenciaria o atleta a médio prazo. Ganham os clubes, ganha a FAP, ganha o andebol nacional. E isto é um exemplo simples.

Outra é a simples passagem do coordenador nacional e ou distrital pelos vários clubes. Uma visita de rotina para se verem métodos, atletas e condições de treino. Às vezes é necessário conhecer a realidade de um país para se saber até onde se pode ir.

Mais importante de tudo é dar equilíbrio aos clubes. Muitos deles no dia de hoje ainda não sabem ao certo em que competição vão jogar na próxima época. E estamos em final de Junho. Isto é uma prova mais do que evidente que o planeamento a médio prazo é uma anedota pegada.

Não se pode exigir o que quer que seja, não se pode tentar mudar o que quer que seja se não houver um método de trabalho e uma ideia a seguir.

Assim andaremos sempre ao sabor do vento, dos seleccionadores e dos directores do momento.

4 comentários:

Anónimo disse...

Os portugueses não têm disposição para, por exemplo, treinarem sozinhos num ginásio, investindo neles próprios.”


concordo plenamente com esta frase

Anónimo disse...

Boa! o cavalo branco também dá entrevistas.... pelo menos no jornal não gagueja. Que vergonha este senhor chulo do andebol continuar a reinar... Vergonha é o que sinto como amante do andebol

Anónimo disse...

Alguém consegue explicar ao Sr. Torrinha que o Andebol é uma modalidade colectiva e que o que está mal é a forma desastrosa como a FAP tem "gerido" a Modalidade em todos os quadrantes a qual se agudizou ainda mais após a saída do Sr. Luis Santos .

Duma forma séria e honesta, ouçam as pessoas que servem o Andebol no terreno e façam um favor a todos nós para que não matem em definitivo a Modalidade:

- Parem, escutem e olhem .

O REALISTA

Anónimo disse...

Quando ouvi este senhor em Lagoa, fiquei em estado de choque, pois nao o conhecia. A mim não me engana, nem falar sabe, quanto mais, a presidente da Federação. Por ele, o andebol no algarve acabava, vindo "alimentar-se", quando lhe interessa...com torneizitos...

Os clubes do algarve