MATS OLSSON DISSE AO JORNAL O JOGO
"Aos nossos jogadores falta massa muscular e peso, o que nos impede de jogar de igual para igual com selecções do nosso nível, mas de estilo mais físico.
“ Este é um problema político, por envolver o desporto português e a educação.”
“ Há, claramente, incompatibilidades que impedem os jogadores de atingir determinado patamar competitivo, por não se conciliarem as duas vertentes"
"Na Suécia ou em França não há jogadores da selecção que não tenham passado pelas escolas de formação. Aqui treina-se em média seis, sete horas semanais, por lá chega-se às 14 ou 15 horas. Ou seja, quando o jogador chega aos seniores já tem uma base de trabalho que resulta de imediato, enquanto por cá há dificuldades em conciliar estudos com desporto, o que torna necessária uma responsabilidade individual dos jogadores, extra clubes e selecção”
Concordamos com os comentários, mas será que a culpa é apenas politica. Será que é dos clubes?
Deixamos algumas questões para analise.
Porque morreu o centro de alto rendimento desportivo do andebol em Rio Maior e Gaia?
Porque não se aposta forte numa solução a norte e a sul de um local privilegiado de treino para atletas de elevado potencial?
Como podemos exigir mais disponibilidade quando temos um técnico adjunto em part time?
Quantas horas despende Mats Olsson semanalmente para o andebol nacional? E importante, quantas horas despende no terreno?
O que é feito pelas associações regionais para potenciar os melhores atletas do distrito?
Que incentivos são dados aos clubes que fornecem mais atletas às selecções distritais/nacionais?
Quem é o coordenador técnico nacional? Alguma vez visitou o “interior” dos clubes que melhor trabalham na formação?
Sinceramente podemos arranjar mil e uma desculpas para o insucesso, mas o que não podemos é arranjar formas para fugir das responsabilidades.
Não culpamos Olsson, culpamos toda uma estrutura que se baseia em alicerces pouco sustentáveis, e acima de tudo em estratégias muito frágeis.
Da selecção já fugiram atletas como Andorinho, Resende, Eduardo Filipe, Ricardo Costa, Galambas, etc, etc. E todos eles não foi por um problema de educação ou do desporto Português. Foi sim por um problema de estratégia de uma federação que muitas vezes teima em não apostar nas politicas correctas.
Perde-se a sustentabilidade aumenta-se o risco.
Uma selecção nacional não pode depender em jogos tão importantes de atletas com 20 anos. Tem que existir um equilíbrio de maturidade e experiência. E ainda mais quando o campeonato nacional portugues tem a força que tem junto de outros campeonatos na europa.
E isso não é um problema de educação ou de politica, é sim um problema de estratégia.
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