17/11/2009

GOULÃO TEM RAZÃO



Goulão disse, e Goulão deveria ser ouvido e lembrado, muitas vezes.

Não fizemos durante a nossa existência, grandes referências a arbitragens dado que são sempre assuntos delicados, e que levantam sempre grandes polémicas entre os visitantes, contudo ao lermos a entrevista de António Goulão no jornal a Bola decidimos depois de ponderarmos algum tempo, que também deveríamos dar a nossa visão sobre a nova “fornada” de árbitros.

Goulão afirmou : “ Falta-lhes humildade, andam todos de nariz no ar. São reis e senhores. È o grande mal, temos de os educar. A minha geração bebeu muito dos antigos internacionais… Actualmente há também referências, mas a nova geração não aceita criticas de qualquer tipo. A educação é diferente e isto preocupa-me

Esta reflexão de Goulão é como que um resumo mais que “realístico” e dramático da arbitragem nacional.

Tirando 4 a 5 duplas perfeitamente identificáveis, todo o resto pauta-se pela arrogância, prepotência a acima de tudo pela incapacidade de liderança. Ser árbitro não é apenas pegar num apito.

Ser árbitro é ser líder, é respeitar e acima de tudo é fazer-se respeitado.

Actualmente esta geração de árbitros primeiro, sobe a nacional de um dia para o outro com poucos “quilómetros” nos pés, atrevemo-nos mesmo a dizer que actualmente basta ter um apito para se ser arbitro nacional.

Depois o árbitro nacional como forma de segurar jogos, agarra-se à atribuição de sanções excessivas e acima de tudo, algumas delas sem lógica.

A falta de cordialidade entre o árbitro e os agentes desportivos em jogo é aberrante, em que o diálogo existe apenas em forma de exigência, fazendo dos agentes desportivos (dirigentes, técnicos e atletas) por vezes simples “lacaios” do jogo, sem qualquer hipótese de contraditório ou até liberdade de expressão.

Claro que existem agentes desportivos que exageram nos comportamentos, mas esses já são sancionados por natureza. Falamos daqueles que muitas vezes com boa fé e vontade são tratados como seres inferiores das duplas de arbitragem.

Tudo isto agregado a uma falta de qualidade aberrante da maioria das duplas, faz com que choremos de saudade de árbitros como Goulão, Macau, Malpique, Barata Aires, José Francisco, e desejemos desesperadamente para que Caçador, Nicolau, Daniel e Roberto Martins, Capela e Rodrigues os promissores Fontes e Bessa e poucos mais sejam os eleitos para os nossos jogos.

A opção de escolha e selecção da FAP na aposta em determinados árbitros tem sido fortemente contestada (podíamos mencionar alguns casos, mas preferimos não o fazer). Semanalmente vemos técnicos das melhores equipas questionarem a qualidade dos árbitros, independentemente do resultado que obtêm no jogo. Isto quer dizer algo.

Solução para tudo isto?

Possivelmente podem haver muitas soluções, mas a solução maior parte dos próprios árbitros que devem ser mais receptivos à critica, mais receptivos à aprendizagem e acima de tudo mais receptivos à humildade.

As escolas de árbitros que existem deveriam ter parâmetros de maior exigência, e acima de tudo deveriam existir mais escolas de árbitros, obrigando a classe de árbitros a constantes avaliações, e acima de tudo fazer com que árbitros depois de arbitragens negativas possam ser sancionados na realidade, como o é uma equipa quando perde, ou um técnico quando é castigado.

Pelo menos com isso promovia-se a equidade e justiça entre todos os agentes desportivos no andebol.

A nível das avaliações, consideramos que deveriam ser mais regulares e publicas, do género de 15 em 15 dias ou mesmo semanais e acima de tudo credíveis e justas, em que apenas os que tivessem no top 3 ou 5 poderiam arbitrar os jogos de risco da jornada.

Contudo a manifesta falta de árbitros potencia um problema. A diminuição de qualidade dos mesmos, tendo em conta que por muito mal que arbitrem, sabem sempre que continuarão a arbitrar.

Para terminar sabemos que o problema maior é a falta de árbitros, mas a falta de humildade na maioria consegue ser ainda mais saliente e acima de tudo ainda mais prejudicial para a evolução sustentada da classe arbitral.

Esta é a nossa opinião e pelos vistos em parte também a do grande António Goulão.

17 comentários:

Anónimo disse...

mARTINS? então não estavam a falar de arrogância? esses são reis

árbitro humilde so conheço um. O capela

Anónimo disse...

Samora Correia 25-24 Adrep
Adrep não conseguiu dar sequência aos bons resultados que vinha fazendo, mas que não é alheio a fraquissima arbitragem (Marco Silva e Pedro Almeida )do jogo, muito tendenciosa para os ribatejanos


ADREP 25-30 Tondela
VERGONHOSO! foi o que se passou na Palhaça no passado sábado. A dupla da A. A. Viseu veio apitar um jogo onde intervia uma equipa da sua Associação e nada fez para disfarçar a arbitragem bastante tendenciosa que fez, prejudicando de forma escandalosa a Adrep. Os srs Vitor Ferreira e Sérgio Lopes apresentaram-se com a lição bem estudada, de maneira a que o Tondela ganha-se um jogo que de forma normal nunca ganharia

Retirado do blog “ Sete Metros “

Estes são 4 exemplos de maus árbitros, arrogantes e mais incrível NÃO sabem as REGRAS DA MODALIDADE !!!!

Anónimo disse...

"os promissores Fontes e Bessa e poucos mais"

Desculpem lá, mas se estes árbitros são a nossa esperança de melhoria, então o Andebol em Portugal anda mesmo muito mal...

Luis Santos

Adelino Gaspar e Marfim disse...

Existem mtos com a taxa de basófia bastante elevada, smp com os braços no ar como se tivessem a festejar o 25 de Abril e a cortar secretos e plumas , qualquer dia antes dos jogos manda-se um mail a perguntar que vai ganhar e assim não é preciso fazer deslocações. Mas a equipa de aribtragem tem de ir na mesma porque existem muitos a gabarem-se que a FAP paga bem ao quilometro e é smp bom apitar longe. É só padrinhos hoje em dia...

Anónimo disse...

O grande problema é que eles sabem que fazem falta...

Fazem o que querem e ninguém lhes toca!!

Por vezes há menos problemas nos jogos quando eles não aparecem. Talvez porque as pessoas que apitam se dão ao respeito.

Abraço Alentejano

Jorge Almeida disse...

Andebol Mais:

Se as prestações que a FAP deve aos árbitros já estivessem pagas, se não houvesse a vergonha de não haver equipamentos a terem de serem comprados pelos árbitros, entre outras coisas, poderiamos trazer para a arbitragem mais gente capaz, e com vontade de fazer melhor.

Assim, como está a coisa, a eles terem de meter do bolso para irem para os jogos, sujeitando-se a serem insultados por pessoal mal comportado, essa gente possivelmente capaz afasta-se, e é-se obrigado a promover gente sem nivel e sem maturidade para apitar jogos.

Atenção que tenho visto boa evolução em alguns árbitros. Por exemplo, as ultimas exibições que tenho visto das gémeas Sá e de Al(berto) "Youtube" Silva são bem melhores que algumas que vi em anos anteriores. Silva, um árbitro conhecido por uma certa "arrogância" em campo, denota mais humildade, o que fez logo aumentar o nível exibicional dele. Quanto a mim, estes árbitros podem continuar neste caminho.

Anónimo disse...

Fontes e Bessa? discordo completamente, arbitros muito inseguros e que com público adverso vacilam bastante.

Desde o momento em que um árbitro, o sr Nuno Gomes da AAP não assinala um pé, porque diz que não foi intencional e que só é falta se o defesa o fizer propositadamente, acho que tá tudo explicado quanto á qualidade dos arbitros do nível deste senhor, que serão cerca de 40%... outros 40% conseguem a proeza de serem ainda piores... ha 20% que se vão safando, uns melhor, outros pior!!!

Jorge Almeida disse...

Anónimo 2:34 PM, Novembro 18, 2009:

Em relação a "Pé na bola ou bola no pé", veja o seguinte link:

http://carloscapela.blogspot.com/2009/11/bola-no-pe-ou-pe-na-bola.html

Acho que é completamente esclarecedor!

SE o atacante atirar a bola contra as pernas do defesa duma forma deliberada, e se este não mexer as pernas, não vejo porque marcar falta.

Anónimo disse...

Nuno Gomes da AAP?

Esse arbitro é uma anedota. Se chamam a isso arbitro então está tudo dito. Já o vi algumas vezes e nunca mudei de opinião. Com as equipas do Porto transcende-se e consegue dar resultados positivos para a equipa da sua associação, algumas vezes de forma incrível.

Ainda este fim de semana assisti a um jogo de Po08 onde esse sr era um dos árbitros.

A equipa visitante esteve a ganhar o jogo durante 57 minutos. Nos 3 minutos finais, a equipa da casa motivou-se e com alguma ajuda conseguiu o empate. Entre outras ajudas teve livres de 7m que eram marcados quando as faltas eram nos 9m.

O jogo ainda empatado terminou com um atleta da equipa visitante a ir nitidamente para a baliza, com dois atletas adversários pendurados e a agarra-lo. Qual a decisão do arbitro. 2 minutos para um desses atletas e falta dos 9M?
Não seria 7m e cartão vermelho?
Será isto normal?

O técnico resmungou e como é da praxe ficou sem o cipa.

È este o andebol que vou assistindo.

Será que vale a pena o meu filho treinar à semana? deixo a questão.

Um pai de um atleta da equipa visitante e bastante conhecedor do andebol

Jorge Almeida disse...

Continuando com o meu comentário anterior, lembro ao Anónimo 2:34 PM, Novembro 18, 2009 (e aos restantes leitores deste blogue) a seguinte regra (que vem no livro de regras):

"7:8 Não é permitido: Tocar a bola com o pé ou perna abaixo do joelho, excepto quando a bola é atirada contra si por um adversário."

Como vê, nem sempre é falta quando a bola toca na perna do defensor abaixo do joelho.

Pai de um atleta da equipa visitante e bastante conhecedor do andebol:

Não desista de ver andebol, e deixe fazer o que o seu filho gosta.

Casos desses sempre existiram, e sempre existirão.

Se já chegou a jogar andebol, de certeza que se lembrará de situações parecidas em anos anteriores.

No entanto, será que a maioria dos árbitros será assim?

Acrescentando: Será que não haverá mais dirigentes de clubes incompetentes e "mafiosos" que haverá de árbitros incompetentes?
E "treinadores" que sentem que os árbitros são inexperientes e abusam disso (pressionando-os)?

Sempre houve, há e haverá destes "fenómenos". Mais, isto não é exclusivo do andebol (bem pelo contrário!).

Se o seu filho gostar de conviver com os colegas do andebol, e tirar boas notas na escola, porquê tirá-lo do Andebol?

Anónimo disse...

sr. jorge almeida, permita-me só discordar em relação ao alberto silva...cada vez que vejo uma arbitragem dele, mais me convenço que aquela cabeçada foi mais que merecida...Ele não só não perdeu arrogância, como cada vez perde mais qualidade como árbitro, se tal for possível...

Anónimo disse...

Começando apenas por citar um nome que me lembro e que não está na lista dos bons árbitros de antigamente, Dario. Quanto às fantásticas duplas que vemos por aí... a maneira de melhorar a arbitragem, já que são poucos árbitros para tantos jogos, é fazer o que já mencionei noutros blogs. Jogos de infantis e de iniciados apitados por um elemento de cada equipa seja ele dirigente, capitão, treinador,etc. Pode ser polémico, mas para o que tenho visto e se houver bom senso das equipas, quem fica a ganhar são os atletas e o espectaculo, não tenho dúvidas que estamos num ponto em que quem percebe menos das regras dentro de um jogo são os árbitros. Isso é um paradigma a resolver rapidamente. Com este volume de jogos em que não seria preciso árbitros, já deve dar para fazer uma selecção (neste momento não há) e fazer descansar aqueles que por vezes precisam de descanso.
EX: Na 1ªsemana de jogos tive 2 jogos sem árbitros um até foi o treinador adversário que o apitou, perdi os 2, boas arbitragens, sem problemas. Na semana seguinte apareceram os "estarolas" em 4 jogos ganhei 2 e perdi outros 2, 4 péssimas arbitragens com arrogância qb, sem perceberem minimamente das regras. Para situações graves, remédios radicais.

Anónimo disse...

Por falar em arrogancia o pior exemplo vem de cima, da nossa dupla de internacionais, que anda a brincar com o andebol. Pavoneian-se nos pavilhões como se fossem os maiores, brincam com o trabalho dos clubes, esquecem-se de arbitrar o que sabem, potque são intacáveis! Nao haverá ninguem que os meta na linha?

Anónimo disse...

Este tem de ser um assunto prioritário para a federação e ela tem a obrigação de o resolver a curto prazo. Não me parece que a solução passe por retirar árbitros aos infantis e iniciados, porque isso seria o mais fácil. Se fosse eu a mandar tentaria trazer para a arbitragem alguns adultos, ex-atletas, ex-treinadores ou ex-árbitros, dando-lhes condições de trabalho, desta forma ganharia tempo para preparar os árbitros que por aí andam, alguns deles muito novos para o que estão a fazer e para desenvolver uma escola de árbitros a nível nacional. Talvez fosse preciso cortar nas despesas em outros pontos para dar mais condições aos árbitros, mas penso que seria justificável a atrativo para uma carreira de árbitro nacional. Esta, neste momento, não é atrativa, mas tem que o passar a ser. Tal como já li em outros sítios, qual é a função de utilidade pública que a federação faz neste momento?

Anónimo disse...

Novo inquilino na Ajuda
Quando chega o Ferrão?
Vamos lá ver como trata
Quem não lhe quis dar a mão...

Anónimo disse...

GONÇALO SANTOS ARBITRO TAMBEM SUSPENSO- CHEIRA-ME QUE OS ARBITROS VÃO PARAR

Anónimo disse...

A federação é a principal culpada, nos últimos anos algumas duplas com qualidade abandonaram porque não foram protegidas, não sabem dar apoio as pessoas, sobram os afilhados, e mais nada! Agora onde estão os filhotes do Sr. do Conselho de arbitragem? Ou os filhotes do oficial de mesa de Viana do Castelo? :D
Agora ainda vão por o sapo a apitar outra vez, boa dupla ele o Pinho!
Outra seria o Macau e o Sargentão!
Já tínhamos árbitros para mais 8 jogos por fim-de-semana.