Vamos procurar fazer um artigo sobre a acção do passado fim de semana, dando também ideias, dado que para além de darmos a nossa visão critica dos acontecimentos, gostamos sempre de referir aquilo que faríamos para melhorar.
Depois da “elevada” exigência criada à volta da formação anual dos agentes desportivos ligados ao andebol, podemos dizer que a expectativa não era a mais elevada dado o conhecimento adquirido pelas iniciativas iguais em anos anteriores, mas este ano, devido ao facto de haver uma taxa de inscrição de 10€, pressuponha-se que algo fosse diferente e como é obvio para melhor. Geralmente quando se paga exige-se mais, e a qualidade terá que ser superior. Deveria ser assim.
Contudo o mundo do andebol, habituou-se já desde cedo a ser pouco exigente e a ser pouco reivindicativo.
Em Santa Maria da Feira, participaram segundo o site da FAP 1400 agentes desportivos, ora fazendo as contas seriam exactamente 14.000€ limpos em caixa. Tendo em conta que foi necessário pagar as instalações e as refeições acreditamos que o lucro desta acção tenha sido interessante, mas também nada de outro mundo. Mas não deixa de ser lucro.
Falamos em números porque, numa formação deste cariz poder-se-ia falar de variadíssimas situações bem mais interessantes. Mas de facto não houve muitas.
Perguntamos nós, qual o interesse de na prelecção orientada para os dirigentes, se falar 1 hora em painéis solares?
Qual a aplicabilidade disso nos jogos de andebol?
Sinceramente não conseguimos encontrar relação possível, tendo em conta que esta formação se destinava a dar as orientações estratégicas para a época que se inicia este fim de semana. A não ser que saia um comunicado da FAP este ano a obrigar todos os clubes a usar/comprar um painel solar… Tudo é possível.
Não seria muito mais interessante, por exemplo se falar entre outras situações interessantes, da GRIPE A, e possíveis consequências no andebol. Algo do género, quais as precauções em situação de contagio generalizado. Como reagirão os clubes sendo afectados por esta “Pandemia”, qual o plano da FAP para uma eventual paralisação das competições, etc, etc.
Não seria interessante falar de softwares que ajudem técnicos a evoluir?
Não seria interessante se falar de eventuais formas de cooperação entre clubes e associações com o IDP no intuito de se adquirirem financiamentos para eventos realizados pelos clubes?
Tanta coisa poderia ser abordada. Mas não, prefere-se sempre repetir a dose de anos anteriores, com os mesmos intervenientes. Entendemos a ideia, mas não entendemos a forma como é posta em prática.
No caso dos técnicos era bem mais interessante o Mats Olsson fazer uma reunião com as associações individualmente, em que nessas reuniões fossem os técnicos dos clubes. Seria mais “personalizada” e havia um contacto mais directo entre selecções e clubes. Certamente se conheceria melhor a realidade portuguesa. Isso pressupõem mais trabalho para o seleccionador, mas não é mesmo essa uma das suas funções?
Sendo esta uma oportunidade única, onde o mundo do andebol está reunido, não seria interessante a FAP capitalizar o evento com apoios estratégicos.
Por exemplo porque não haver um stand da MACRON com possibilidade de reservar material?
Porque não um flyer distribuído a todos os participantes com um calendário com as formações previstas para 2009, e com os eventos mais importantes de 2009 e sua calendarização?
E os patrocinadores e novos aliados estratégicos da FAP, o Sapo.pt, A BOLA, ANTENA 1, RTP2, etc. Não poderia existir algo que funcionasse como cross promotion?
Concordamos com esta grande reunião do andebol como sendo o dia do andebol, dai consideramos que o europarque é EURO-ÚTIL.
Tendo em conta que o andebol está reunido uma das únicas vezes ao ano, e não havendo gala anual de entrega de prémios, não seria interessante haver um espaço neste dia para entrega de prémios a personalidades que se destacaram ou na época que terminou, ou na sua vida no andebol. Lembro-me de casos como Carlos Ferreira, Eduardo Filipe, António Goulão, etc. Seria o reconhecimento de todos ao seu trabalho no andebol.
Mas não concordamos com a forma como é organizada e conduzida, levando a uma desmotivação generalizada, descontextualizando a essência do evento.
Dai consideramos esta acção de EURO-TANGA, visto que a obrigatoriedade de mesma não vai de encontra ao objectivo a que se propõe.
Não falamos de Benavente dado que pelos feedbacks que tivemos consideramos melhor nem falar.
8 comentários:
Mais vale nem falar de Benavente, nem bena-tanga nem bena-útil, simplesmente bena-amadirismo a 100%
aliado a tudo o que já foi dito, gostaria de mencionar a comodidade que foi assistir em Benavente, a esta tanga toda. As cadeiras eram de um conforto inigualável. Depois queriam que o pessoal estivesse em silêncio!!! Embora considere uma falte de respeito para quem está a falar, todo o burburinho, compreendo que o pessoal estava numa posição muito desconfortável.
Embora não tenha a certeza, os referidos 14.000€ é lucro puro. Segundo ouvi dizer estes eventos organizados pela FPA são cobertos na sua totalidade pela IDP...
Estive na Vila da Feira, tal como já tinha estado nas acções anteriores e considero que esta foi um sucesso e valeu a pena. Sou dirigente de um clube e não de um blog, talvez por isso esta discrepância entre opiniões.
Saí esclarecido em relação aos painéis solares e vamos tentar apoio para este projecto para o nosso clube, porque é interessantíssimo em termos de redução de custos. Também achei interessante o painel com os jornalistas, porque ficamos a saber como dar passos em frente em termos de imagem.
A modalidade é nossa por isso acho de bom-tom que a FAP nos explique quais são os projectos para a época.
Só uma ressalva: Aproveitei a acção, não estive a dormir nas cadeiras da sala.
Já sei que vêm aí os insultos do costume, porque para escrever assim, sou um “gajo” do sistema, porque aqui não há meias tintas, mas não é por isso que me inibo de responder, bem pelo contrário: dá-me gozo
Estive em Benavente e apenas há a referir 4 situações:
1. O almoço foi bastante bom, não só pela quantidade mas mais pela qualidade, porque alimentar tanta boca e manter o gosto não é fácil.
2. Ter uma sala 40x15 é bom para casamentos como alguém já referiu, mas em termos de acústica convêm ter mais de 2 colunas para aquele espaço. O soundcheck é feito com a sala vazia e o som propaga-se de modo diferente, é física... De ressalvar que algumas pessoas pelo facto de não ouvirem, se dispersaram em conversas paralelas não ajudando à festa.
3. No café adjacente desenrolava-se um almoço/festa/baile entre pessoal "não tão jovem", proporcionando a todos os interessados momentos bem mais agradáveis que os senhores da FAP. Acreditem que não há painéis solares que paguem aquilo. Ao menos aqueles mostraram vida e alegria ao divertirem-se, pondo um sorriso na cara a quem assistiu.
4. Nestas alturas encontramos alguns dos "cromos" do andebol, e se nós nos revoltamos com as prelecções imagino o que eles não pensarão. Curioso foi ver um funcionário da FAP recusar a recepção do papel ao Donner, por este se encontrar do lado de fora da porta da sala... "Agora recebo os que aqui estavam, quando saírem todos já aí vou fora, tem que esperar"... No Comments...
Por fim deixar uma questão no ar? Quem será o funcionário da FAP que vai inserir na base de dados, as senhas de todos os participantes? No ano passado havia computadores onde no final inseríamos as senhas. Imaginem a quantidade de papel que foi gasto, quando se poderia ter feito de outro qualquer modo. Será para controlar se as pessoas estão lá às 10 e às 18? Se é para controlo, era necessário entregar uma folha no início e final de cada prelecção à porta de cada sala, porque de outra maneira não vejo razão para tal.
Cumprimentos e para o ano mais uma reciclagem...
Ps: O Sr. do IDP alguém o voltará a ver? Ninguém em prelecção nenhuma conseguiu arrancar tantos aplausos quanto ele. Referir que devia ser a FAP a dar dinheiro aos clubes e não os clubes a suportarem as actividades da FAP, é preciso coragem em plena prelecção da FAP.
Acho que já foi dito tudo sobre SM Feira. É a teimosia mais saloia que pode haver manterem esta acção neste formato. Serviu foi para ir revendo colegas. Deparei-me a conversar numa roda com dois jovens que agora reconheço no site da Ass. de Braga. Provavelmente serão os potenciais substitutos do Mats Olson pela forma como o pai e o amigo Augusto Silva, respectivamente, Vice-Presidente e Presidente da Ass. Braga, os tem promovido pelos meios impossiveis e imaginários. Contaram-me então que o paizinho como viu que em fermentões não há dinheiro colocou o filhote no projecto inovador e fabuloso chamado ISAVE. Como o projecto ISAVE foi um fiasco monumental agora á que procurar urgentemente mediatizar os meninos a ver o que se pode arranjar a seguir. Sabendo das influências do amigo do peito, Augusto Silva, nos meandros das arbitragens, quem jogar contra a equipa destes meninos prodigio já sabe que provavelmente vai jogar contra 9 (mas dois vestem de preto). Está tudo em www.aab.pt.
Só uma pequena deixa:
Para além de escreverem nos blogs a vossa opinião sobre esta "acção de Formação" porque não enviam para a FAP ou para a Formand (Dr. Pedro Sequeira) essa mesma opinião e o que acham que devia ser mudado.
Se todos assim o fizessem "talvez" e repito "talvez" no próximo ano os que ainda resistirem possam assistir a uma "ACÇÃO DE FORMAÇÃO"
zé francisco. Fiz isso o ano passado e vou voltar a fazer este ano explicando detalhadamente o que todos vimos e não ouvimos.
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