27/07/2009

CLASSIFICAÇÃO ÁRBITROS 08/09

Com o comunicado final da arbitragem publicado no site da FAP, saltam-nos logo à vista várias situações que consideramos de real interesse uma análise mais detalhada.

Vamos colocar por tópicos

  • ANTÓNIO GOULÃO

Tendo em conta que não comunicou oficialmente até ao final da época desportiva activa que ia abandonar a carreira de árbitro, ficou sempre na ideia que Goulão iria continuar, existindo duas hipóteses. Ou algum arbitro já com experiencia iria fazer dupla com Goulão, ou então iria fazer dupla com uma jovem promessa. Ora nem uma nem outra. GOULÃO vai terminar.

Falta fazer a despedida que sem sombra de dúvida merece. Sempre autoritário, algumas vezes em demasia, GOULÃO, mesmo assim demonstrou durante largos anos ser o ARBITRO NACIONAL com maior qualidade. Por tudo isto existe alguma surpresa com esta decisão, pensa-se que imediata…

  • AVALIAÇÃO IRREAL

Ao olharmos para a avaliação que foi feita aos árbitros podemos constatar algumas situações. Primeiro que as avaliações são feitas na sua grande maioria por observadores que pactuam com compadrios e afilhados. Isso é publico e evidente nos mais variados pavilhões fim de semana após fim de semana. Mas com esta tabela que foi apresentada pela FAP, essa ideia torna-se em evidência. As avaliações finais devem estar de acordo com o que se vai desenrolando no ano, em que as nomeações devem ser escolhidas conforme a performance demonstrada pelas duplas. Consideramos que tal não é feito. E sabemos que esta avaliação é de acordo com os jogos da FAP ignorando-se quanto a nós os mais importantes, ou seja os da LPA, talvez por isso esta avaliação esteja desvirtuada da realidade.

Senão vejamos:

  • Como é possível Caçador aparecer apenas na 6ªposição. Será assim uma diferença tão grande de Nicolau para Caçador, em que um fica em 1º e outro em 6º. Mas grave ainda será que os árbitros que ficaram entre o 2ºe o 5º lugar são melhores que Caçador. Goulão nesta altura talvez, mas os restantes nem por sombras.

  • Tomás e Branquinho em 3º e 4ºrespectivamente. Como é possível? Será esta dupla melhor que Duarte SANTOS, Ricardo Vieira, Flávio Carvalho, Ricardo Vieira, Carlos Capela, Bruno Rodrigues, João Malhado, Daniel Martins, Roberto Martins, etc? Nós acreditamos vivamente que não. Que jogo importante arbitrou este ano esta dupla? Isto porque com uma avaliação tão boa pressuponha à partida um número elevado de jogos de risco e exigência elevado. Pelo menos deveria ser assim.

  • Não entendemos que com esta classificação nas finais dos campeonatos nacionais tenham sido escolhidos na sua maioria os mesmos árbitros, não se dando usufruto das classificações.

  • Aonde estão Daniel Martins e Roberto Martins? Não foram avaliados? No portal da FAP conseguimos facilmente visualizar nomeações para esta dupla.

  • E os observadores, quais os critérios de avaliação. Com o resultado destas avaliações podemos concluir que os critérios de avaliação devem ser bastante díspares de observador para observador, Aliás em muitos casos temos mesmo dúvidas se são adoptados critérios, tendo em conta a relação às vezes até mesmo familiar entre observador e dupla de arbitragem.

Estas são algumas das nossas dúvidas, mas certamente existirão muitas outras.

Muito em breve escreveremos um artigo sobre o pagamento, ou melhor sobre o não pagamento aos árbitros. Uma situação que pouco beneficia a classe de arbitragem que muitas vezes não recebendo acaba por ter custos pra ir arbitrar. Se calhar só possivel num pais como o nosso.

Exige-se profissionalismo e rigor e oferece-se amadorismo e desrespeito. Assim não meus senhores

6 comentários:

Jorge Almeida disse...

Comentário bem feito, a por o dedo nas diversas feridas que parecem haver nesta situação.

No entanto, a crítica não é bem feita, porque falta o essencial: explicar as medidas que vocês propõem em alternativa a este estado de coisas.

Ou seja, que critérios é que, na vossa opinião, deveriam nortear a avaliação dos árbitros?

Uma critica tem de ser construtiva, não meramente destrutiva!

Aproveito para deixar, aqui, o meu contributo para indicar possíveis critérios de avaliação dos árbitros, na parte de determinação das condições externas aos árbitros, mas que podem dificultar a acção dos árbitros:

- Nível de agressividade das defesas ((faltas assinaladas + perdas de bola no ataque)/(nº de remates + nº de perdas de bola no ataque) ==> para indicar o potencial nº de faltas a ocorrer na partida);
- Nível de preenchimento das bancadas;
- Nível de barulho no pavilhão (para indicar a agressividade do publico);
- Nº de ataques por jogo (para poder indicar a velocidade de jogo);
- Rivalidade entre as equipas.

Todos estes factores deveriam ser traduzidos em %, de modo a que sejam utilizados para construir um índice que dê ideia da facilidade/dificuldade das condições em que os árbitros fizeram a sua actuação. Todos eles são nºs +/- fáceis de obter, e verificáveis, especialmente para uma competição de elite, como se espera que venha a ser a próxima 1ª divisão de seniores masculinos.

Claro que os critérios têm de ser adoptados numa lógica de custo/benefício, sempre previamente divulgados no inicio da época, sempre verificando se cada critério é fácil de apurar em cada prova em particular, sempre fáceis de verificar e de quantificar.

Deixo de fora a avaliação técnica que, mal ou bem, parece ter vindo a ser feita.

Os relatórios dos observadores deveriam ser publicados no site da FAP junto com o boletim de jogo.

Por outro lado, falta publicitar a nomeação dos observadores, que, junto com a dos árbitros e oficiais de mesa, só deveria ser publicada no site da FAP no dia anterior ao jogo (claro que as pessoas em causa devem ser informadas com um prazo mais alargado).

Espero que haja quem indique mais possíveis critérios, de modo a poder melhorar a situação.

Anónimo disse...

Jorge Almeida: mais do mesmo, ou seja: muito "blá", "blá", muita teoria e poucas ideias práticas .

Nós os Dirigentes dos Clubes, que vamos sentindo jogo após jogo na pele e na carteira que o processo está completamente todo inquinado enquanto houver "interesses" e "favores" a mexer com isto tudo, nunca mais sairemos da miséria em que se encontra a nossa Modalidade, muito em especial o da falta da pura verdade desportiva dentro dos 40 x 20, enquanto tudo isto não levar uma grande "vassourada" .

UM DIRIGENTE AMARGURADO

Anónimo disse...

A verdade é que convem que as coisas estejam assim! Quando uma dupla convença a uma equipa que vem com ordens para expulsar assim que puder determinados jogadores e nao perdoar nada a certa equipa, palavras para que!? Isto é a nossa realidade!! No andebol nao ha coincidencias! Os clubes que sustentam (os pequenos) a federacao sao os que mais sao prejudicados! Basta ver o que se passa com certos clubes que acumulam dividas e depois mudam de nome e ficam com os mesmos direitos mas nao com os deveres, e a federacao tudo aceita! Tenho vergonha do pais que vivo e da modalidade que gosto!

Anónimo disse...

Para o anónimo das 4:19: desiste de gostar do andebol e muda de país! qual é o teu problema afinal?
Stamos no verão, aproveita para te deitares a afogar!

Anónimo disse...

Rui Tomás 3º e Francisco Branquinho 4º??

Valha-me Deus!!!!!

Anónimo disse...

Mas que post sem jeito e principalmente sem qualquer tipo de estudo pr´vio por vossa parte. A diferença de notas entre Nicolau/Caçador apenas se pode dever a nível de dispensas, ou a estes terem sido observados quando não estavam a arbitrar juntos. Martins/Martins não aparecem as notas? Grupo de Trabalho de Árbitros Jovens que eu saiba não são avaliados por pontuação