24/03/2009

SINCERIDADE OU CONIVÊNCIA QUANTO BASTE?

Ex-árbitro suíço revela mais pormenores de corrupção

Depois de na semana passada terem surgido notícias a dar conta de resultados combinados ao mais alto nível no andebol, hoje, Michel Falcone, ex-árbitro suíço, revela mais pormenores sobre actos de corrupção no andebol internacional.

"Existe a linha do álcool, da comida, das mulheres e do dinheiro. Depois depende dos gostos de cada árbitro e da sua receptividade. Se assim for, arranjam-se essas coisas", começou por revelar o suíço de 49 anos, em declarações à televisão alemã "NDR".

"Se ficarmos calados estamos a tornar-nos cúmplices", continua o ex-árbitro, que dirigiu mais de 300 jogos internacionais e que se retirou em 2006.

"As tentativas de corrupção começam logo em casa, antes de partirmos para os jogos e para o estrangeiro. Cheguei a receber telefonemas de colegas ou de secretárias a dizer-me para fazer uma lista daquilo que gostava de ter que depois teria direito a tudo isso", conta.

Perante estas ofertas, há "apenas dois caminhos a seguir", explica Falcone. "Ou aceitávamos e fazíamos cara de felicidade, ou podíamos correr no final do jogo. Se não aceitares podes fugir porque nem a polícia te salva. Aliás, já tive a polícia a bater-me e só tive uma solução. Correr para bem longe", denuncia.

Colocamos a negrito aquilo que para nós é considerado de gravíssimo.

E porque apenas agora este arbitro revelou tudo isto? Se calhar para poder usufruir de todas as regalias que foi arrecadando com estes esquemas que tornam o desporto num antro de corrupção.

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