Capar Sterbik e Javier Hombrados; Juanin (11), Aguinagalde (4), Vitor Tomas (4), Chema Rodriguez (3), Jorge Maqueda (3), Raúl Enterrios (3), Perales (2), Garabaya (1), Garcia Parrondo (1), Malmagro, Vilan Morros e Carlos Prieto.
PORTUGAL
Hugo Figueira e Hugo Laurentino; Wilson Davyes, Tiago Pereira, João Lopes, Pedro Solha (1), Cláudio Pedroso (6), Fábio Magalhães (2), David Tavares (8), Inácio Carmo (3), José Costa (1), Dario Andrade (2), Nuno Grilo (1) e Tiago Rocha (1).
Marcha do marcador
4-4 (10 m.); 10-6 (20 m.); 15-11 (30 m.); 21-15 (40 m.); 27-18 (50 m.) e 33-25 (60 m.).
Que a missão era quase impossível, todos sabíamos.
Só um “milagre” faria com que Portugal conseguisse o apuramento, todos sabíamos.
Que só um super Portugal poderia sonhar contra uma prevenida Espanha, todos sabíamos.
Mas era preciso muito mais do que foi feito em Espanha. Foi pena porque em Portugal assustamos, e em Espanha ficamos assustados.
Espanha está um ou dois patamares acima de Portugal no andebol internacional, e isso é mais que patente no seu currículo. Os seus atletas jogam nas melhores ligas do mundo, e a experiencia e matoridade que obtem desse facto é por si so mais que suficiente para justificar esta diferença patente no jogo de ontem.
Em Guadalajara podemos ver uma Espanha mais personalizada, mais madura e acima de tudo devidamente prevenida que mais surpresas certamente não iriam surgir.
E assim, foi, Juanin mostrou o porque de ser um dos melhores pontas mundiais, e apesar conseguir exercer uma interessante capacidade defensiva, o que é certo é que ao nível dos pontas, os nossos defensores são ainda algo permissivos. Principalmente David Tavares. Facilitar contra a Espanha é por si só um suicídio.
Mas Portugal e Olsson sabia que só um milagre era possível para colocar a selecção no mundial.
Cláudio Pedroso e Figueira foram quanto a nós os atletas desta eliminatória, dado que foram mantendo as esperanças de Portugal, Figueira em Lisboa, Pedroso em Espanha. E onde andou este Pedroso este ano que ninguém o viu?
David Tavares teve bastante bem neste jogo a nível ofensivo, contudo a nível defensivo terve bastante permissivo.
Muito poderia ter sido dito, contudo fica apenas uma situação que se fossemos nós teria acontecido. A 8 minutos do fim a perder por 7, e com a necessidade de ganharmos por 1, teríamos arriscado com o H:H. Nesse caso pelo menos regressaríamos aos balneários com a plena noção de que tudo teria sido feito. Isto porque arriscamos muito pouco no final, como que desistindo do jogo nos 10 minutos finais.
A diferença entre equipas é grande e basta ver as idades, e a experiencia dos atletas. Morreu o sonho, mas ficou uma imagem interessante de Portugal.
Faz falta ter atletas Portuguesas a jogar nas melhores ligas(ASOBAL e Alemã), para com isso podermos beneficiar. E Tiago Rocha, Carneiro, José Costa, Fabio Magalhães, Figueira, etc podem aspirar a isso. Mas será que tem ambição para isso, ou preferem estar a ganhar bem numa liga muito mais “fraquinha”. Claro que é necessário surgirem clubes interessados, mas estamos convictos que nestes próximos tempos poderão surgir.
Mas há quanto tempo andamos a construir uma equipa e a não ser qualificados para as grandes competições internacionais?
DESTAQUES
JUANIN “Juanin” fez uma exibição notável, catapultando a sua selecção para uma vitória folgada. Sempre como uma flecha apontada às redes lusitanas Juanin teve elevada eficácia e com isso praticamente matou as hipóteses luas.
STERBIK
Em momentos mais equilibrados fez defesas importantes, resfriando o ímpeto português. Com isso deu segurança.
COMENTADORES PORTUGUESES
Até temos gostado dos comentários de José Fonseca, contudo notamos sempre grande vassalagem prestada à FAP e mais concretamente aos seus seleccionadores. Não que não possa acontecer, mas quando se repete tantas vezes, parece algo encomendado. Nos últimos 10 minutos de jogo, podemos dizer que mais valia termos tirado o som. Foi referido o currículo de Espanha no mínimo 10 vezes, isso depois de durante o encontro se ter referido isso várias vezes. Dizer que Portugal se tivesse Olsson na baliza e Sivertsson estaria a lutar certamente por um titulo internacional é no mínimo estranho nesta altura, mas ok. Isto conhecendo a realidade Portuguesa. OLsson foi grande porque ao seu lado tinha jogadores de igual qualidade. Em ambos os jogos comentou-se varias situações periféricas esquecendo-se um pouco o que se estava a passar no próprio jogo. Mas são opções.
BOA IMAGEM PORTUGUESA
Portugal nas duas eliminatórias deu uma boa imagem, bem melhor do que em anteriores qualificações falhadas. Encararam o jogo com ambição e foram destemidos em busca de algo que sabiam à partida ser quase impossível. Carneiro fez falta é certo, mas já referimos que com ele em campo o jogo de Portugal poderia perder fluidez dado que ele é um atleta que privilegia o individual. Mas não deixa de ser um dos melhores atletas Portugueses, senão for mesmo o melhor.
DIFERENÇA DE "REALIDADE" Em Portugal foram perto de 1400 pessoas a ver o jogo, em Espanha foram 4000 num pavilhão a estrear. Uma diferença grande que por si só mostra a diferença entre as duas realidades.